O YouTube que se cuide. A plataforma de vídeos do Google ganhou em 2014 um rival apoiado por 1,35 bilhão de usuários. Movido por seu enorme público, o Facebook viu no ano passado a postagem de vídeos crescer 75%.
Por mês, são publicados 100 milhões de vídeos no site. Esse número compreende só os arquivos postados diretamente na rede e não aqueles publicados por meio de links de outros sites, como o Vimeo. Se a publicação cresceu, a visualização de vídeos explodiu. Aumentou 3,6 vezes sobre o registrado em 2013 e é de 1 bilhão de vídeos atualmente.

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Linguagem do vídeo
Para o Facebook, essa “febre” é provocada por duas tendências de comportamento dos usuários. Uma delas é a concentração dos acessos feitos por tablets e smartphones. “Hoje, todo mundo tem uma câmera de vídeo na mão”, comenta Malu. Do mar de gente presente na rede social, 83% consulta suas contas usando algum dispositivo móvel. A preferência faz com que dois terços dos vídeos são vistos nesses aparelhos.
O outro hábito é o “idioma” escolhido pelas pessoas na hora de interagir na rede social. Saem as palavras, entram as imagens. “À medida que as pessoas começam a se comportar dessa forma, postando vídeo como forma de expressão, isso acaba se tornando uma linguagem universal.” O brasileiro está alinhado ao que ocorre em todo o mundo. Mais da metade dos usuários, ou 31 milhões de pessoas, assiste a pelo menos um vídeo por dia.
Embora para o Facebook os vídeos sejam a bola da vez, as imagens (selfies, memes e “stickers”) ainda são uma das formas preferidas para se comunicar no site. Por dia, são publicadas 350 milhões delas na rede social. A quantidade é pouco mais de 105 vezes a do número de vídeos postados. “O que é bacana é que de fato mudou como hoje a gente vê o feed de notícias das pessoas”, diz Malu. “Não é expectativa nem projeção nossa que isso [vídeo] substitua foto”, diz Malu.

YouTube

A expansão dos vídeos faz o Facebook bater gigantes. A consultoria comScore mostrou que em agosto do ano passado o site ultrapassou o YouTube em número de visualizações nos Estados Unidos.
Apesar disso, a rede social não tem como meta desbancar o site do Google como a plataforma de vídeos preferida dos internautas. Para a executiva, as pessoas se comportam de forma diferente em relação ao que é postado na rede social e àquilo publicado no YouTube. “A gente começa a ver o Facebook hoje como uma plataforma de descoberta”, diz. Um estudo interno feito pela rede social no ano passado aponta que 76% das descobertas de vídeos online são feitas em sua plataforma.
Ainda assim, o YouTube acena distante como o site de vídeos do coração do internauta. Tanto que em dezembro um único vídeo, “Gangnan Style”, do músico sul-coreano, registrou mais de 2,147 bilhões de visualizações. Por “quebrar” a capacidade de contagem do site, o clipe forçou o Google a ampliá-la de 32-bits para 64-bits. Com isso, deu início a uma era de números astronômicos na internet, já que o novo limite agora é 9.223.372.036.854.775.808 (nove quintilhões, duzentos e vinte três quadrilhões, trezentos e setenta e dois trilhões, trinta e seis bilhões, oitocentos e cinquenta e quatro milhões, setecentos e setenta e cinco mil, oitocentos e oito). A julgar pela capacidade de contar do rival, o Facebook que se cuide.

Fonte: G1 Tecnologia

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